Os afazeres me pedem pra ficar. Eu não obedeço. Saio com a mochila nas costas e algumas horas depois estamos percorrendo as ruelas que se apinham e se pintam de cinza, azul marinho e o vermelho que nos inebria. Estou cada dia mais apaixonada.
Entrei como se fosse uma camponesa que vem abrigada num manto leve. E lá embaixo do cobertor quentinho a gente conversa, vê filme e come chocolate. As angústias se escondem e eu sou atraída pela minha maior relíquia. Uma sensação única.
Passa quase uma semana e eu me sinto plena, satisfeitíssima, como os vitrais que nos abrem verdadeiras histórias para compreensões e entendimentos. Saio podendo dizer que fui só caminhar e ver as flores no chão, ler uns vidros, e que fiquei vidrada. Eu sei o que é o amor.