quinta-feira, 26 de abril de 2018

Parece que as memórias não acabam nunca. Primeiro porque já existem inúmeras (e como todas elas são boas) insisto em rememorar. Segundo porque existem aquelas memórias que nós vamos criando e se apaixonando por cada viagem criada. Vamos prolongando a memória, em lembrança, em narrativa. Quando me lembro do seu olhar fitando o meu, penso: não há mais o que fazer. É necessário apenas ver e sentir. E ver de novo o que já se viu. Ver o que virá no Outono após o Verão, ver de dia o que a noite não se viu. É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e para traçar novos caminhos. É preciso recomeçar sempre. 

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Quero lá saber o que as pessoas estão pensando? Eu não quero! Claro, não quero te prejudicar, nos prejudicar. Mas meu maior desejo em certos momentos é fugir com você pra um lugar só nosso. Pra onde a vida gire à volta do que nos interessa, fazer um teatro contigo sobre o amor e a espécie humana. Lugar onde a gente não precisasse esconder o que não se pode e nem deve.
A conclusão seria que eu dou tudo a entender. Sou sincera como o primeiro entendimento total das coisas (como uma criança, verdadeiramente como uma criança), e os outros serão igualmente honestos (naquele mundo utópico da nossa peça) e o certo é que saberei tanto quanto não posso saber: o que aconteceu nesse encontro de corações, nesse calor que sinto quando te beijo.
Quero lá saber, e digo-o quase encolhendo os ombros, sem interesse aparente nessa vida fria e cotidiana.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Parece que o nosso encontro mudou algo na atmosfera. É estranho, mas eu me sinto tão sua, sinto que você me conhece tão bem, desvenda qualquer mistério e não me permite sofrer. Tudo ao seu lado se torna calmo e infinito. 

De Sabina
Para Thomas

terça-feira, 10 de abril de 2018

saiba: aceito o risco

minha vida vive num interesse pelo que de você me é escondido

e, suas vísceras, essa melancolia que você jogou aqui entre ombros encolhidos

só podem me fazer aceitar o risco, nunca por pena, é o que eu sempre quero desde o que houve,

mas por que há nisso a liberdade do que há muito está preso.

meu medo, também entre ombros encolhidos

só pode ser também fonte de alegria e liberdade.