segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Quando parei percebi que para pensar me sinto melhor caminhando. O ritmo das minhas pernas apropria-se do espaço e essa é a cadência perfeita para refletir.

Sim, eu preciso ir. Andando eu me sinto segura, dinâmica, em sintonia com as vozes na minha cabeça e fugas de eco sinfônico de minha garganta.

Caminho e penso. Penso e aterrorizo-me num eterno movimento que me transporta como um objeto atômico de um lugar para outro. Quando a mente está nublada sei que preciso andar.

Andando me livro dos medos, transformo a cidade que habita em mim. Reformulo paisagens urbanas ao meu redor e imagino um pouco mais verde, mais cor e menos cinza.


Caminhando me encontro e me perco mil vezes, dando espaço para os pensamentos que borbulham dentro de mim.

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