segunda-feira, 29 de julho de 2019

Saindo do casulo

Faz pouco tempo que comecei a fazer terapia. Tudo começou depois da minha mãe apresentar um quadro de depressão pós menopausa muito muito severo. Ficamos assustados. Todo mundo esmoreceu e eu me vi uma pessoa sem paciência. Na verdade, me deparei com meus próprios defeitos, com a minha insegurança, com o meu apego ao domínio das coisas, com a minha mania de guardar os sentimentos mais profundos e o medo de falar sobre as emoções.

Entrei em desespero e não conseguia falar sobre nada do que acontecia. Nem comigo e nem com a minha mãe. Fui ao médico e ele me encaminhou pra psicóloga. Ela é terapeuta comportamental. Eu gosto, pois não me sinto em um monólogo. Na primeira consulta ela fazia a coleta de dados pra traçar meu histórico e eu ia descobrindo quantas questões preciso responder a mim mesma. Minha cabeça precisa de reflexões. O meu corpo precisa de mais amor. Eu preciso de mais ouvidos. Também preciso de mais voz.

Tudo ainda parece muito difícil. Tudo parece me desafiar. Sou a lagarta que precisa virar borboleta. Às vezes já me sinto borboleta, mas sem saber voar. Por quê tudo é tão difícil? 

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