"Mãe lembra quando eu fui para um acampamento de férias?
Eu estava morrendo de medo de não ver mais vocês,
Eu estava morrendo de medo de não ver mais vocês,
e você me disse pra sentar do lado esquerdo para
que eu pudesse ver vocês?
Então, estarei neste mesmo assento."
Então, estarei neste mesmo assento."
Ultimamente tenho assistindo um filme mais
emocionante do que o outro. Poderia pensar que é por estar vivendo longe do meu
país, da minha família e dos meus amigos, mas não! Por mais sentimental que eu
seja/esteja o filme que assisti ontem foi um dos mais belos que assisti nos
últimos anos.
“Uma Prova de Amor” retrata o drama de
Kate – uma jovem menina que tem leucemia. Sara e Brian – seus pais – fazem de
tudo para que o quadro da doença seja revertido. Quando se veem sem
possibilidades são aconselhados por um médico a fazer uma fertilização in vitro para que a criança gerada seja
doadora de Kate. Os pais concordam e nasce Anna que desde bebê passa a doar
sangue, células tronco do cordão umbilical, e faz tudo o que é preciso para prolongar
a vida de Kate. Aos 11 anos de idade
Anna precisa doar um rim para sua irmã, cansada dos procedimentos médicos a
garota decide enfrentar os pais dizendo que ela deve decidir o que fazer com o seu
corpo, e então, contrata um advogado para defendê-la. Sara não se conforma com
a ação judicial, e como estava acostumada a ganhar todos os casos quando
exercia a advocacia, decide a todo custo manter Kate viva. Há ainda o irmão
Jesse, que se vê cada vez mais ignorado pelos pais e apoia sua irmã – Anna.
O filme é narrado por seus vários “protagonistas”, desde a própria
Anna até a Kate – que em sua situação de dor e sofrimento – demonstra uma
maturidade incrível ao lidar com as mais variadas situações. Kate – que passa
por essas circustâncias quase toda a vida – consegue enxergá-la de uma maneira
muito profunda – se diverte quando é possível, chora e fica triste como todo
ser humano, namora e ama. Enquanto isso – no tribunal – Anna não só sensibiliza
a juíza que havia perdido uma filha fazia poucos meses, como se coloca em frente
a mãe e argumenta sobre o seu direito de decidir se irá ou não doar o rim para
Kate. Jesse invade a sessão – e mesmo
com Anna implorando para que ele não dissesse nada – relata que todo o
processo foi aberto porque Kate queria morrer desde o início, e que só os dois
irmãos a ouviam.
O momento de fortissima emoção é quando todos vão até o hospital
onde Kate está internada. Ela se despede da família dizendo que os ama e deixa
um álbum de fotos com sua mãe
– a pessoa que luta o tempo todo pela sua vida
–,
sendo a verdadeira prova de amor de uma mãe que sofre ao ver sua filha doente e
impossibilitada de fazer algo. A jovem bastante debilitada vai a óbito naquele
mesmo dia. Sara compreende que somente ela não queria ouvir o que Kate dizia.
Por que ela não queria ouvir? Eram palavras duras demais? Sim! Nenhuma mãe quer se
conformar em perder uma filha, isso é claro! Mas será que ouvir e procurar refletir
sobre aquilo que foi dito não é a melhor maneira de
encontrar um alívio para prossseguir a vida e lidar com a situação? Seja lutando, seja conformando-se,
seja vivendo… Seja observando que a morte nos ensina sobre a transitoriedade de todas
as coisas...
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