quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Uma Prova de Amor


         
"Mãe lembra quando eu fui para um acampamento de férias?
Eu estava morrendo de medo de não ver mais vocês,
e você me disse pra sentar do lado esquerdo para
que eu pudesse ver vocês?
Então, estarei neste mesmo assento."

         Ultimamente tenho assistindo um filme mais emocionante do que o outro. Poderia pensar que é por estar vivendo longe do meu país, da minha família e dos meus amigos, mas não! Por mais sentimental que eu seja/esteja o filme que assisti ontem foi um dos mais belos que assisti nos últimos anos. 
             “Uma Prova de Amor” retrata o drama de Kate – uma jovem menina que tem leucemia. Sara e Brian – seus pais – fazem de tudo para que o quadro da doença seja revertido. Quando se veem sem possibilidades são aconselhados por um médico a fazer uma fertilização in vitro para que a criança gerada seja doadora de Kate. Os pais concordam e nasce Anna que desde bebê passa a doar sangue, células tronco do cordão umbilical, e faz tudo o que é preciso para prolongar a vida de Kate.  Aos 11 anos de idade Anna precisa doar um rim para sua irmã, cansada dos procedimentos médicos a garota decide enfrentar os pais dizendo que ela deve decidir o que fazer com o seu corpo, e então, contrata um advogado para defendê-la. Sara não se conforma com a ação judicial, e como estava acostumada a ganhar todos os casos quando exercia a advocacia, decide a todo custo manter Kate viva. Há ainda o irmão Jesse, que se vê cada vez mais ignorado pelos pais e apoia sua irmã – Anna.
                O filme é narrado por seus vários “protagonistas”, desde a própria Anna até a Kate – que em sua situação de dor e sofrimento – demonstra uma maturidade incrível ao lidar com as mais variadas situações. Kate – que passa por essas circustâncias quase toda a vida – consegue enxergá-la de uma maneira muito profunda – se diverte quando é possível, chora e fica triste como todo ser humano, namora e ama. Enquanto isso – no tribunal – Anna não só sensibiliza a juíza que havia perdido uma filha fazia poucos meses, como se coloca em frente a mãe e argumenta sobre o seu direito de decidir se irá ou não doar o rim para Kate.  Jesse invade a sessão – e mesmo com Anna implorando para que ele não dissesse nada –  relata que todo o processo foi aberto porque Kate queria morrer desde o início, e que só os dois irmãos a ouviam.
                 O momento de fortissima emoção é quando todos vão até o hospital onde Kate está internada. Ela se despede da família dizendo que os ama e deixa um álbum de fotos com sua mãe a  pessoa que luta o tempo todo pela sua vida , sendo a verdadeira prova de amor de uma mãe que sofre ao ver sua filha doente e impossibilitada de fazer algo. A jovem bastante debilitada vai a óbito naquele mesmo dia. Sara compreende que somente ela não queria ouvir o que Kate dizia. Por que ela não queria ouvir? Eram palavras duras demais? Sim! Nenhuma mãe quer se conformar em perder uma filha, isso é claro! Mas será que ouvir e procurar refletir sobre aquilo que foi dito não é a melhor maneira de encontrar um alívio para prossseguir a vida e lidar com a situação? Seja lutando, seja conformando-se, seja vivendo… Seja observando que a morte nos ensina sobre a transitoriedade de todas as coisas...


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