Ricardo Filho, neto de Graciliano, é
autor de livros infantojuvenis. A ideia
de escrever o livro "Se eu não me
chamasse Raimundo" surgiu após o pedido do Instituto do Câncer
Infantil do Agreste, em Caruaru, para batizar o bloco de quimioterapia do
hospital com o nome de "A Terra dos
Meninos Pelados". As crianças que estavam em tratamento na instituição
tinham acabado de ler o primeiro livro infantil de Graciliano, a novela que
retrata a história de Raimundo, um menino careca que tem um olho preto e outro
azul e que se refugia na imaginação para construir um mundo onde todos são como
ele.
"O Raimundo protagonista do livro de
Ricardo Filho tem doze anos e não gosta do seu nome. Além disso, ele enfrenta o
grande desafio de vencer o câncer. Nessa batalha, ele tem aliados importantes:
Pedrão e Alice, os pais que procuram disfarçar a preocupação, e a enfermeira
Joana, sempre risonha e carinhosa. O garoto conta ainda com um recurso valioso:
sua imaginação. É ela que o faz viajar na história A terra dos meninos pelados, livro que a enfermeira Joana lê para
as crianças durante o tratamento da doença. Para Raimundo, a aventura tem um significado
especial, já que ele e o protagonista de cabeça pelada e olhos bicolores têm o
mesmo nome."
O livro tem uma linguagem muito poética, trata do assunto com imensa
delicadeza. Na luta contra o câncer Raimundo se identifica com o herói de
"A Terra dos Meninos Pelados". Em tratamento com
quimioterapia, o garoto convive com a esperança da cura e a dor de perder uma
amiga. O contato com a morte, com a dor da perda, e a alegria de ficar bom são
alguns dos temas que o livro aborda de forma incrível!
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