Passei anos de minha vida me dedicando a outras pessoas. Foram anos me privando de muitas coisas, muitas vontades e desejos. Então, depois de começar a compreender que eu tinha uma vida e precisava assumir a minha verdade, tem sido difícil.
Sinto-me julgada. Sinto-me errada e culpada por pensar no meu próprio bem. Meu corpo dói. Meu sorriso pode aparecer, mas lá dentro do peito continua um nó.
Queria ter o poder de resolver as coisas como eu sempre achei que pudesse. Cada dia é uma nova luta e, ao mesmo tempo, uma nova vitória. Tudo parece desabar.
De um lado, vou me tornando mais mulher. De outro, tenho uma mãe internada em tratamento psiquiátrico. Minha vida é liberdade e prisão. É ninho e é gaiola. É dor. É solidão. É tanta falta de compreensão. É atenção em seus dois sentidos mais usuais na esfera da vida.
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