Que filme delicado! Essa semana
queria escrever algo "leve"... Afinal, essa semana tem o aniversário
da Juju - minha prima mais que amada - e ela é uma dessas pessoas leves e
delicadas que encantam qualquer pessoa. Bom, assisti esse filme francês "Minhas
Tardes com Margueritte", dirigido por Jean Becker e fiquei encantada com
Gérard Depardieu e Gisèle Casadesus atuando de forma tão simples e sensível,
como a Júlia.
O
filme conta a história de Germain. Ele é obrigado a conviver com a intolerância
das pessoas que não o compreendem e nem se importam com o fato dele ter tido
problemas de aprendizado na infância. Além disso sofre em casa e é
ridicularizado o tempo todo, principalmente pela mãe. Desse modo, fecha-se para
o mundo e assim torna-se um adulto "difícil", mas sensível e bom de
coração. Num belo dia o cinquentão resolve comer seu lanche numa praça cheia de
pombinhos, e lá conhece Margueritte. Essa doce senhora de mais ou menos 90 anos
é uma leitora assídua, e então pergunta se Germain quer ouvir o que ela lê. Ele
aceita e passa a frequentar a praça diariamente. Aos poucos aquela velhinha
traz um novo mundo para Germain; suas palavras vão criando um novo universo -
cheio de amor e sabedoria. Germain ganha um dicionário de Margueritte, mas
insiste em não acreditar no seu potencial. A velhinha aos poucos vai perdendo a
visão e então seu amigo fiel enfrenta o desafio de "correr atrás do
prejuízo" e passa a ler histórias para a sua companheira.
Não
vou contar o final porque isso não se faz, né?!rs. Em todo caso, achei incrível
a forma que a história é contada. Fico pensando sempre em como as palavras
possuem essa "força transformadora". Veja! Os livros, as palavras
trouxeram Germain para um novo lugar! Acho que todo mundo devia passar tardes
com uma Margueritte, não é?! Difícil? Acho que vou procurá-la num livro ;)
Um filme super recomendado!
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